SURTO POLIGRÂMICO

Terceiro livro de poemas de Tiago Henrique, lançado virtualmente em 02 de janeiro de 2010. Contém 5 capítulos e 100 páginas em formato pdf.

A CHAVE DOS VIVOS

Vivemos desnudamente
Com nosso próprio ser
Imaginamos a nós mesmos
Num futuro presente

Brincamos de descobrir as coisas
Descobrimos a nós mesmos
Nos equívocos que desfazemos
Sem saber que desfazemos

Um assunto tromba em meu peito
Não consigo te tirar da cabeça,
As coisas estão por um fio
Delicadas como um contexto pessoal
Abaladas como um dia após a guerra

A cura é invisível
E isso desespera a esperança
Perdida como uma criança em labirinto
A lógica se desmancha
O coração não dá atenção
A abruptaridade se instaura no lugar de um sorriso

O perdão é a chave dos vivos
As galáxias não mudam isso
Os equívocos são humanos
Tão humano como a permanência dos erros
Não divino
Quanto a capacidade da mudança.


DESTREZA

Êta hipocrisia chata
De valores previsíveis.
Uma fase dócil
Um pensamento maligno

?

Uma face...
Um sexo...
Cultura
Ponto de vista,
Inconformado...
Valores humanos! 


A ILHA DE NÓS MESMOS

Quero uma palavra
Que seja capaz
De dizer tudo deste momento

Podias
Não podes mais
Viajo
Torturo minha razão, agora
Vago... vago... vago... parado

Fico num transe sombreado
Não sei
Nada mais
Meu coração entra em choque

O tempo é um inferno do paraíso que passou

Somos seres derrotados pelo passado
Em momentos faltosos
Sentimos a falta dos sonhos
De tudo acontecendo
De uma verdadeira alegria
Erguida pela utilidade do dia a dia.
 
 
DESFRUTADOURO

Minha maior briga é com meu modo de viver
Sabe por quê?
Não quero trabalhar feito louco
Correr atrás de dinheiro
Entrar no jogo do capitalismo

Quero uma rotina gostosa
Ter tempo diário de lazer
E exclusivamente de lazer

Temos horário pra tudo:
Pra prova, pro serviço, pra chegar, pra sair.
E para nós?
Qual a nossa hora?

Nade, leia um livro
Jogue bola, ande de bicicleta
Ouça boa música, assista a bons filmes
Saia, se divirta:
Aprenda a viver
E não se torne escravo de si mesmo.
 
 
BEIJOS E BOMBONS

Finjo de bobo
Não sacando suas deixas,
Seus toques sutis
De permissão sedutora

Seu olhar atento aos meus olhos
Disfarçam na boca
O desejo de um beijo

Paro... penso,
Fica por isso mesmo
Não vou cair novamente
Na teia do amor

Prefiro os deslizes
De flertes figurados
Caçando a delícia
De uma paixão eterna.

 
FAÇA DOWNLOAD DO LIVRO COMPLETO!
acesso nº