BUQUÊ SUBULATA

Segundo livro de poemas de Tiago Henrique, lançado virtualmente em 20 de fevereiro de 2009, traz 5 capítulos de pura poesia:

- Aromas do Campo
- Flores Canibais
- Rosas e Espinhos
- Agrimônias
- Orquidário

"Este é meu segundo livro de poesias, desde 1998 rascunhava alguns versos, mas minha prioridade sempre foi à música, por isso, o número de canções dobravam a quantidade de poemas, que em 2008 somaram o bastante para compor o primeiro livro de minha carreira literária.

Após dez anos, passei a enxergar a literatura com outros olhos, e além de composições populares, decidi me dedicar a alguns trechos poéticos, portanto, aqui debruço minhas versificações ao deguste de leitores em busca de histórias, palavras e momentos que possam brindar a vida e suas verdades transfiguradas do cotidiano.

Você entrará em um campo de magia e fascinação, passará por caminhos novos e também conhecidos, sentirá a essência de cada linha e poderá se perder na ficção desenhada da realidade.

Desejo que se satisfaça por essa leitura..."



SONHOS LITORÂNEOS

Eu sabia que dormiria ali...
O dia foi cheio
A noite macia
A madrugada melhor...

Um copo d’água me parece um sonho
O oceano eu vejo infinito
As ondas me trazem conchas,
No fundo se escondem mariscos

Me veio um girassol quadrado
Eu não acreditava no que via
Pisei numa estrela sem pontas
... Não faz sentido.



SEREIA DO ASFALTO

Sua proximidade é proibida para meu coração,
De cabeça pra baixo vejo o que eu não devia,
O vai e vem de seu andar,
A beleza dos seus olhos verdes
Já não lembro mais

Guardo algumas palavras
Um monte de sentimentos
E um covarde sorriso escondido

Você me viu de perto
Despiu minhas armaduras
Conquistou-me novamente
E se foi de novo.



O PREÇO DA VIDA

O relógio despertou
Meus olhos não.
O tempo anda,
Meus pais acham que minha vida melhora
E até eu penso que as coisas vão melhorando...

É hora do almoço,
Vou esquentar a marmita;
Queria ver televisão... Na sala de minha casa,
Queria o almoço da minha mãe,
Queria vê-la preparando o almoço junto com meu pai

Queria brincar na rua,
Jogar bola no asfalto,
Correr no quarteirão,
Queria... Queria minha infância de volta.

O Sol se põe,
Arrumo a mochila,
Guardo a marmita,
Organizo os cadernos

As sete tem faculdade,
As onze eu chego,
As zero eu durmo cochilando no sofá,
O relógio desperta,
Meus olhos não.



ANACROGIA

Duas vidas... Em uma só
Vislumbro uma realidade oculta,
Morro por um ideal futerno
De manhã estou contente
À noite, contrariado, desgastado... transbordante

Uma luz acessa é minha companhia
Uma luz sozinha é solitária
Um apartamento é apertado,
Um apartamento é um doce lar

Talvez

Se quem o habita for realmente dócil.
Mas até a mais sóbrio, doce e dócil
E a mais frugal das criaturas
Se caem num veneno diário,
Impercebido, não perceptível
Aos olhos do cotidiano

Acomodado, inalterado...
Envergonhada desvergonha,
Fraqueza insolente
Um animal domesticado,
Uma alma sem sentido,
Uma vida descartada,
Um sonho comedido

Um sonho...
Que luta para ser sonho
Numa realidade anacrônica.

LUAR

A lua da janela
Não é mesma que a lua da roça,
A lua da cidade grande
Não é a mesma que a da janela

O andar pacato
Não é o mesmo que o andar semi-apressado
O andar depressa
Se desespera ao olhar pro lado

A velocidade do tempo
Não é igual em cada canto,
A preocupação com o tempo
É diferente em cada olhar pra lua.


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